Uma em cada cinco pessoas será idosa na Baixada Santista em 2030

Projeção da Fundação Seade também revela que a população de jovens terá queda no mesmo período

A população com mais de 60 anos continua aumentando de forma expressiva na Baixada Santista. Ao contrário, o número de pessoas com até 24 anos está em queda na região.

Segundo projeções da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), em 2030, as nove cidades da região terão, juntas, 1.957.675 habitantes. Do total, 604.579 (30,88%) terão até 24 anos – menos do que hoje. Outros 386.051 (19,71%) terão 60 anos ou mais, em alta.

Ou seja, pelas projeções de julho deste ano,

• a Baixada Santista soma 1.781.717 moradores, 
• dos quais 631.158 com até 24 anos (35,42%) e 
• 271.116 (15,21%) idosos, isto é, com idade a partir de 60 anos.

Outra previsão a partir das projeções da Seade é que todas as cidades da região terão queda no número de jovens com até 24 anos nos próximos 13 anos, em relação aos números atuais. No caminho inverso, todas terão aumento no número de idosos.

Exemplos

Santos, onde os jovens são,

• atualmente, 28,97% da população (123.310 de 425.621), 
• passará a ter 27,10% (117.250 de 435.592), em 2030. 

Em São Vicente, esse público, que representa 35,93% (125.867 de 350.254) será de 30,67% (116.005 de 378.230).

No caso dos cidadãos com 60 anos ou mais, em 2030, Santos passará dos 21,21% (90.281 de 425.621) para 25,42% (110.838 de 435.529). São Vicente, por sua vez, sairá dos atuais 13,78% (48.296 de 350.254) para 19,37% (73.282 de 378.230).

Pelas estimativas, é certo que, nos próximos anos, as prefeituras da Baixada Santista terão de investir com mais intensidade nas políticas sociais voltadas para quem já passou dos 60 anos.

“A melhor idade vem crescendo ano após ano e ocupando um papel cada vez mais importante na sociedade. Esta é uma realidade em todo o País. Por isso, os governantes têm de oferecer cada vez mais mecanismos para que os idosos possam exercer plenamente sua cidadania”, disse, ontem, o prefeito de São Vicente, Pedro Gouvêa (PMDB).

Essa cidade recebeu, ontem, mais um espaço para o Conselho Municipal do Idoso. As novas instalações ficam na Subprefeitura da Área Continental (Avenida Ulisses Guimarães, 211, Rio Branco). O atendimento será às segundas-feiras, das 13h30 às 16 horas, e às quartas, das 9 às 11h30.

A presidente do Conselho Municipal do Idoso de São Vicente, Luciana Servinsckins, destacou a abertura de mais um polo do gênero.

“Muitos idosos daqui vão até o Centro para o atendimento. Como temos esses casos para encaminhar, nós passamos a fazer trabalhos de orientação e prevenção, sempre buscando trazer a família mais perto”, disse.

O conselho reúne voluntários que trabalham com políticas públicas voltadas à terceira idade, recebendo denúncias como maus-tratos, negligência e abandono pela família. Ele também realiza a fiscalização de casas de longa permanência, juntamente com o Fórum de São Vicente. Outra meta, no espaço, é promover atividades com idosos.

Em ação

Após a entrega da nova sala do conselho, a professora de Educação Física Rosa Antônia de Lima Araújo – a Professora Rosinha, de 75 anos –, improvisou uma aula de alongamento para quem prestigiou o evento.

“Sou aposentada pelas prefeituras de Santos e São Vicente. Também trabalhei por 15 anos da Fundação Casa e me aposentei como professora na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de São Vicente”, contou a professora, que tem entre os seus trabalhos a idealização e a coordenação do projeto Ginástica na Praia, em Santos.

“Não sei ficar parada. Procuro sempre estar em atividade e participando de vários projetos como voluntária. Aliás, continuo como voluntária na Apae e na Fundação Casa de São Vicente. Aqui, vou trabalhar ao lado do professor Rubens Goes. A meta é oferecer atividades para quem vier ao Conselho do Idoso”, previu.

Subindo
Em 13 anos, a proporção de idosos em Santos, por exemplo, passará dos 

• 21,21% (90.281 dos 425.621 habitantes) para 
• 25,42% (110.838 de 435.529). 

São Vicente sairá dos atuais 13,78% (48.296 de 350.254) para 19,37% (73.282 de 378.230).

Pelas estimativas, é certo que, nos próximos anos, as prefeituras da Baixada Santista terão de investir com mais intensidade nas políticas sociais voltadas para quem já passou dos 60 anos.