Santos

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domingo, 29 de outubro de 2017

É preciso reduzir volume de lixo

É preciso reduzir volume de lixo

Especialistas que participaram do A Região em Pauta expuseram possíveis soluções diante da iminente saturação do aterro regional




Sete dos nove municípios da região depositam seu lixo no aterro sanitário do Sítio das Neves, que tem licença de funcionamento até 2018. Produção diária é de duas mil toneladas
Política reversa, diminuição de consumo, incineração, com postagem e novos aterros foram algumas das alternativas discutidas por especialistas, ontem, no projeto A Região em Pauta, sob o tema Desafios do Lixo. O primeiro passo para essa mudança começa a ser dado a partir de julho, quando entra em vigor em Santos a lei que obriga a separação de material reciclável do lixo orgânico.

Grandes geradores de lixo terão, a partir de 2 de julho, de fazer a separação do lixo reciclável, conforme prevê o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Todo estabelecimento comercial ou residencial que produzir mais de 120 quilos ou 200 litros de resíduos por dia será obrigado a separar esse material e dar destinação correta a ele.

As opções são firmar um contrato de prestação de serviço com cooperativas e associações de recicláveis, com isenção da taxa cobrada pela Prefeitura, ou continuar usando a coleta de lixo do Município, desde que continue pagando por ela.

A Prefeitura espera estimular a criação de cooperativas de catadores. Antes, havia apenas uma regularizada. A segunda acaba de se adaptar ao serviço.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Santos recicla entre 3% e 5% do lixo produzido.

Destinos do lixo
Prefeitos da região têm até o fim do ano que vem para achar uma solução ao lixo. Depois, o aterro sanitário situado no Sítio das Neves, Área Continental de Santos, não terá mais licença ambiental para funcionar. O local recebe 750 mil toneladas de resíduos por ano.

Hélio Hamilton Vieira, diretor executivo da Agência Metropolitana (Agem), que há anos trata do assunto, admite que já é hora de encontrar uma saída. “Trazendo esse debate para o Condesb (Conselho de Desenvolvimento) e para a Agem, isso fortalece a região, e aquilo que vai evoluir, evolui para alguma coisa que possa ser executada”, explica.

Para especialistas, entretanto, as melhores alternativas são diminuir a produção de lixo e investir na separação de material que pode ser reaproveitado e apostar na compostagem. Tudo isso pode ser feito por qualquer pessoa, dentro de casa.

“Compostagem interessa para qualquer um que tenha planta ou queira montar uma horta de tempero”, afirma Francisco Luiz Biazini Filho, diretor da Rede Resíduos.

“Essa coisa de desperdiçar alimento, de ir ao supermercado e comprar mais que o necessário precisa acabar. Nos países que passaram por guerra isso não acontece”, diz o consultor ambiental e professor universitário Maurício Waldman.


A iniciativaTodo mês, A Região em Pauta aborda um tema de relevância regional na TV Tribuna, em Santos. No domingo, A Tribuna publicará suplemento especial sobre os desafios do lixo abordados ontem.

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